sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Bocejo

Um assobio passava lentamente por entre seus pensamentos recompondo palavras esquecidas. Apagava, mexia, trocava e seguia. Reconhecendo aquele clima em que anunciava a chuva tardia, ela compunha um pequeno verso de pura nostalgia. Rimando!!
Lembrava-lhe o final de um romance, um filme que acabara de ver ou mesmo a saudade que batia suavemente em seu peito. Manhã de assobios, de pássaros e de lembranças. Manhã em que nascia poesias, em que se podia chorar ouvindo Elis e cantar baixinho uma dor, um amor.
Era manhã de ficar quieta, seguindo o dia e ensaiando sorrisos...

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