quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010




''Sua mão estendida verticalmente num ultimo e enfraquecido esforço permanecia encoberta pela neblina que se estendia a uma distancia onde seus olhos não poderiam alcançar. Ele que outrora sussurrou ser seu anjo havia partido. Ela ainda embriagada pela solidão, após estender o longo braço a sua procura em um desequilíbrio lento foi se esmaecendo ao chão. Os joelhos quebrando-se conduzindo as pernas em forma de ''z'' para apoiar seu corpo trêmulo que viria enfraquecido pela derrota. Nunca antes perdera um anjo. Deitada com a cabeça cambaleando no seu braço incansavelmente estendido agora ao chão numa nostalgia que lhe trançava um caminho onde os fios eram alternadamente o medo e a esperança de levantar mais uma vez. Não acompanhava o tempo deixando-o num embaraço diante daquele corpo estendido, sem pressa, sem forma e sem qualquer paisagem a ser contemplada.
Nesse instante, contudo, ela acompanhava apenas o compasso do jazz que se acomodou aquela cena. ''

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